Bistrô PortoSol (Comida Austro-Húngara)
Nossa curiosidade gastronômica sempre nos guia a lugares peculiares em Salvador, mas poucos restaurantes são ...
Por ondecomeremsalvador
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Nossa curiosidade gastronômica sempre nos guia a lugares peculiares em Salvador, mas poucos restaurantes são tão únicos quanto o Bistrô PortoSol, que leva o tempero austro-húngaro para o Porto da Barra. E foi lá que fomos parar nesta véspera de Páscoa em companhia de Lize Borges e Marcus Teixeira. Leia mais abaixo.
O atendimento: 7.
O austríaco Reinhard Lackinger, dono do estabelecimento, coordena a cozinha e serve os clientes com seu jeitão meio durão e sotaque puxado, contando com o apoio de uma cozinheira e uma garçonete, que também serve as bebidas. Tudo ok. A única falha que encontramos foi a falta do aviso de que as cestas de pão que acompanhavam os pratos eram pagas à parte. Fora isso, não temos do que reclamar, o tempo de preparo foi aceitável, mas deve ser maior se a casa estiver cheia.
O local: 5.
Meio escondido e complicado. O Bistrô PortoSol fica próximo ao Porto da Barra, numa rua interna, onde fica a academia Barra Fitness, uma praça e a doceria Belle’s (mais especificamente na primeira direita antes da Belle’s para quem está de carro). À noite, o local é meio deserto e requer cuidado por causa do abandono que está o Porto da Barra (com muita droga e prostituição), mas não vimos nenhum guardador de carro na área.
O ambiente: 8.
Uma das coisas que mais nos encantou. O bistrô caprichou em referências pop e cult, com fotos de grandes artistas e filmes da primeira metade do século XX pendurados nas paredes. No mais, é bem simples, com cadeiras e mesas de plástico, mais dois sofás no ambiente interno. O maior problema é mesmo o calor, pois os ventiladores não suprem a falta do ar-condicionado.
A comida: 9.
Complicado falar de um tipo de cozinha sem comparativos. Então falaremos como clientes e não como gourmets, ok? Chegamos com muita vontade de comer salsichão e chucrute, pois o plano inicial era ir ao Chopp do Miguel (desistimos porque ironicamente o bar estava sem chopp). Abrimos a noite, então, com uma rodada dupla de Petisco Montanhês (salsichão com mostarda dijon ou mostarda doce com sementes), acompanhada de uma porção de pão francês (paga separadamente).
O salsichão é comum, não é picante, e as mostardas agradaram muito, especialmente a doce. Eles também têm o salsichão alemão, mais claro, mas não fazia parte desse prato.
Os homens decidiram provar a cerveja da casa que pode ser servida com lúpulo extra (e que, segundo o dono, faz com que a cerveja vire chopp). Curioso foi ver o senhor Lackinger pingando umas gotas que pareciam essência de baunilha num copo, misturando-as com um pouco de cerveja. Segundo Eden e Marcus, a alquimia faz a diferença e deixa a bebida realmente mais encorpada.
Depois de experimentarmos, o dono do estabelecimento voltou para se assegurar de que havíamos aprovado a receita e avisar que, se quiséssemos mais, já sabíamos como fazer a mistura e só precisávamos pedir à garçonete mais umas gotinhas de lúpulo.
Para matar a vontade de comer chucrute, escolhemos uma das sugestões do cardápio, o Bigosh (lê-se bígôsh): uma mistura de chucrute, salsichas, linguiça não-apimentada, bacon, batatas e champignon ao molho de tomate e vinho. Embora tenha causado estranhamento no início, o prato que dizia servir 3 pessoas, serviu a nós quatro em pratos fundos individuais, com mais uma cesta de pão francês (também cobrada separadamente). Todos saíram muito satisfeitos com a refeição.
Impossível gravar as opções do menu com nomes divertidos e ingredientes curiosos, mas certamente saímos com vontade de conhecer mais. Há, inclusive, sobremesas típicas, que infelizmente não conseguimos experimentar. Não há sucos ou H20/Aquarius no cardápio.
A conta: 7,5.
A conta dividida por 4 pessoas ficou em R$37 pra cada. A porção de Petisco Montanhês com 1 salsichão e 1 mostarda custa R$19. O prato que serviu os dois casais custou R$57 (aprox.) e as cervejas (Bohemia), R$7 cada uma. Eden considerou caríssimas. As cestas de pão são pagas separadamente e custam R$3 cada. Embora a porção do prato principal seja generosa, não achamos um bom custo-benefício para um casal, apenas. Ainda assim, há outras opções de pratos e petiscos interessantes e mais em conta.
A nota: 7,3
O Bistrô PortoSol é definitivamente um restaurante em Salvador a ser visitado se você gosta de novidades. A casa peca na localização e no ambiente abafado (pelo preço cobrado, poderia investir num ar-condicionado), mas a comida vale a pena. Entre prós e contras, o importante é que saímos com vontade de voltar.
Indicado para casais, pequenos grupos e quem gosta de se aventurar na culinária internacional.
Endereço: Rua Cézar Zama, 51 – Porto da Barra
Bairro: Barra
Telefone: 71 3264.7339
Lugares: 25 (aprox.)
Horário: 18h37/0h59 (fecha dom. e seg.)*
Site: http://www.reg.combr.net/bistro.htm
* Informação retirada do site Veja Comer e Beber.